domingo, 9 de novembro de 2008

NOVEMBRO NEGRO OU O FERIADO DE 30 DIAS

"Ó paz infinita, poder fazer elos de ligação numa história fragmentada. África e América e novamente Europa e África. Angola, Jagas, os povos de Benin, de onde veio minha mãe. EU SOU ATLÂNTICA."
(Texto de Beatriz Nascimento, narrado por ela no filme Orí de Raquel Gerner)

"Como negros, se há uma coisa que podemos aprender dos anos 60, é quão infinitamente complexo qualquer movimento de libertação precisa ser. Tendo em vista que devemos lutar não somente contra aquelas forças que nos desumanizam desde fora, mas também contra aqueles valores opressivos que temos sido forçados a introjetar."
(Do ensaio "Learning from the 60´s" de Audre Lord, presente no livro Sister Outsider)

"O dia com o qual começa um novo calendário funciona como um acelerador histórico. No fundo, é o mesmo dia que retorna sempre sob a forma dos dias feriados, que são os dias da reminiscência."
(Do ensaio "Sobre o conceito da história" de Walter Benjamin, no livro Magia e técnica, arte e política)

"Na medida em que havia um intercâmbio entre mercadores e africanos, chefes, mercadores também, havia uma relação escravo-escravo, como também um intercâmbio, uma change também, e essa troca era no nível do soul, da alma do homem escravo. Ele troca com o outro a experiência do sofrer, a experiência da perda da imagem, a experiência do exílio.
(Texto de Beatriz Nascimento, narrado no filme Orí)

"Nós esquecemos que o componente imprescindível para impulsionar o esforço passado em direção ao futuro é a nossa energia no presente, metabolizando um no outro."
(Do ensaio "Learning from the 60´s" de Audre Lord) (Tradução dos fragmentos de Audre feita pela autora deste blog. Cuidado! rs)

"No dia e hora em que escrevo este texto ainda não sei se OBAMA ganhou. Mas não é tanto por isso que estou a escrever. É mais por causa do outro que nunca percebeu que eu existo e ele só pode ser também se deixar de estar assim para podermos ser todos.
(...)
Neste princípio de século, OBAMA conseguiu criar uma energia, um astral de muitas mãos inteiras pelo pensamento de pessoas de todas as partes do mundo, numa corrente parecida com uma constelação de paz sem fronteiras. E isto é um acto de cultura que vai ficar."
(Manuel Rui no artigo Obama e um acto de cultura universal, que pode ser encontrado em http://ricardoriso.blogspot.com)

"Antigamente quilombos, hoje periferia,/ o esquadrão zumbizando as origens africanias/ Somos filhos de uma guerra sagrada/ qualquer periferia, qualquer quebrada é um pedaço da África/ Ideologia quilombola ferve da sul até o nordeste/ USÁfrica, o clã Brasil nordestino/ o som é rap nessa embolada a la Zeca Baleiro/ A explosão do beco/ Conheça o grande Eldorado negro/ O mar guiou, a mata abraçou/ Entre terras e mares o orixá abençoou/ A senzala do passado se perdeu na escuridão/ Com ela a dor do extermínio e da escravidão/ Quiloas, bantos, monjolos, cabinda, mina, Angola, Brasil, Cuba, Ruanda, Haiti, Jamaica e Etiópia/ Conquistas, glórias, derrotas, vitórias de tantas batalhas traçadas, misturando raças com marcas da velha África. Periafricania, resistência, lendas são lendas/ Queimem os emblemas/ Quebrem as algemas/ Zumbi é consciência, o terror da tirania/ O inimigo número 1/ E segue a profecia...”
(Clã nordestinho, faixa "Coração feito de África", álbum A peste negra)


Então, gente! Tive que me segurar para não publicar uma postagem inteira só com falas de irmãs e irmãos de alma. Há momentos em que a história arrebenta e explode dentro de nós uma série de vozes, como se nossas fossem. Nesses momentos, todas são uma só e a nossa própria voz se dilui num eco coletivo. Há momentos que falamos em coro, por isso hoje não estou aqui sozinha. Falo em rede, tal qual as sociedades de onde vieram meus antepassados africanos. Peço licença então para, daqui por diante, falar a minha voz misturada com outras, quase tudo sem aspas, porque neste longo feriado que agora festejamos, re-atualizamos recorrentemente o sentimento de sermos milhares, espalhados e unidos, diferentes e iguais.

Para mim, começou intimista esse nosso novembro negro. Mês do grande feriado conquistado quilombolamente: rememorar Zumbi (nosso único presidente negro até então), rever e inaugurar estratégias de luta, tanto em termos individuais quanto coletivos, tanto no nível existencial quanto no social mais amplo. Esse sim é o feriado pra gente! Verdadeiramente cheio de significado libertador. Um gesto ritual por nós criado, para que jamais esqueçamos que há uma tradição africana no Brasil, perpassada pela resistência, por uma alegria melancólica e também pela dor. Uma rememoração destinada a impulsionar uma história construída sob parâmetros da nossa gente, da nossa marca aqui nessa estranha terra (nossa?).

Este ano, entrei no clima do novembro negro ainda na última semana de outubro, quando chegou a minhas mãos uma pérola negra: o filme Orí, com textos de Beatriz Nascimento. Difícil falar sobre esse filme, dificílimo mesmo, porque suas imagens dizem, antes de tudo, eroticamente, depois sim no intelecto. Ou melhor, fulgurantes reflexões críticas provêm de distintas sensações corpóreas, a partir da visão de um Atlântico múltiplo, que nos liga a todos, africano-diaspóricos. Ao se arrepiar e se deslumbrar com rituais de candomblé. Ao se regozijar com belíssimos corpos negros dançando em bailes soul ou desfilando em concursos de beleza. Ao vibrar com homens e mulheres reverberando palavras de ordem ou fazendo falas emocionadas em encontros, congressos, festivais de cultura e luta política afro-negra. Ao se libertar, quando acompanhamos uma mulher nascer, liberando-se de antigas imagens e se enegrecendo no corpo e na mentalidade. Essa mulher recria, em sua própria trajetória de vida, o sentido pleno de Orí, pois renasce com uma cabeça renovada e acaba por fazer do próprio filme um rito de passagem, um espaço de iniciação.

Como o próprio nome indica, tudo ali é tomado de uma dimensão sagrada. Dentro dessa concepção, a luta de inúmeros militantes insere-se no âmbito da luta do ser humano, acima de tudo, por reconhecimento e por melhores condições de vida. Lamentável que, para muitos brasileiros, a causa anti-racista seja vista como algo destinado à mera criação de guetos ou mesmo como uma disputa para que se consigam privilégios! Nossas perdas e dores são tantas, em tantos e diversos níveis, estendendo-se por séculos, que se torna impossível falar de privilégios. Mas hoje não quero perder tempo com os que não entendem a dimensão humana da luta cotidiana, política, por representação e dignidade do meu povo. Hoje meu grito coletivo é palavra em festa, para comemorar o nosso novembro negro.

Ao vermos as belíssimas imagens de Orí, nos questionamos sobre inúmeras questões. Que Atlântico é esse? Como nosso corpo negro se insere nisso tudo? Como nos colocarmos em luta, inteiras? Há ali muito sofrimento também, porque nossa história é de profundas contradições mesmo. Sobretudo o questionamento do que fazemos com nossos corpos. Muitos dos ativistas e militantes que aparecem lá já se foram, pelos menos, dois deles (Eduardo Oliveira e Oliveira e Hamilton Cardoso), por suicídio. Daí nos perguntamos: como fazer nosso corpo lutar, mas não adoecer? Manter-se em luta cotidiana, mas ter espaço para o prazer: dançar, amar, cantar ou fazer qualquer coisa que dê prazer ao nosso corpo. Isso tudo faz parte de Orí.

Um filme que mostra o quanto devemos a gerações negras que lutaram no passado e o quanto de estratégias de luta temos. É por isso que a simbologia do quilombo está presente o tempo todo nas imagens e nas frestas das palavras narradas por Beatriz. Não é à toa que as últimas palavras do filme, aliás, de um lirismo quilombola único, colocam no centro Zumbi, como figura real e mítica de resistência e libertação: “Para ti, comandante das armas de Palmares, filho, irmão e pai de uma nação. O que nos deste? Uma lenda, uma história ou um destino? Ó rei de Angola Jaga, último guerreiro palmar, eu te vi, Zumbi, nos passos e nas migrações diversas dos teus descendentes, te vi adolescente, sem cabeça e sem rosto, nos livros de história, eu te vejo mulher em busca do meu eu, te verei vagando, ó estrela negra, ó luz que ainda não irrompeu, eu te tenho no meu coração, na minha palma da mão, verde, como palmar. Eu te espero na minha esperança, no tempo que há de vir...”

Pois é, ao ruminar as imagens ritualísticas do filme, iniciou-se o novembro. De cara, a vitória dramática de Lewis Hamilton justamente aqui no Brasil. Na última volta, o afro-inglês consegue ganhar o campeonato de F1. Não que tenha visto a corrida. Longe de mim! Seria demais, já que não vejo sentido algum em ver carros correndo loucos numa pista em forma de serpente com rabo e cabeça unidos. Mas amigos pretos falaram-me exultantes do sentimento de ver Hamilton ganhar nos últimos segundos da disputa. A mim, importa pensar que rede é essa que liga africanos de várias nações distintas em torno de um jovem afro-herói da velocidade, do poderoso mundo da F1. Para além de fronteiras culturais ou nacionais, há uma memória étnico-racial que nos constitui e nos liga. Muita discussão teórica sobre essa ligação tem sido feita, desde quando africanos foram transportados à força para terras americanas, sobretudo durante os dois últimos séculos. Contudo importa aqui a constatação de que ela é fato, na vida de muitos africano-descendentes espalhados por toda a diáspora. Na minha vida, ela é determinante. Na visão dos meus amigos afro-mininos, vidrados na corrida de carros milionários, havia algo ainda mais libertador: Hamilton ganhar logo aqui em nossa terra racista.

Essa vitória no joguinho de autorama (segundo a minha perspectiva, é claro) foi só o prenúncio de outra muito mais significativa que ainda viria. Na verdade, uma conquista que já vinha se anunciando nos últimos meses, num processo eleitoral jamais visto na América poderosa do norte. A maneira como aquele presidenciável afro-diaspórico foi ganhando força, do início do ano pra cá, mudou a perspectiva das eleições de lá, acabando por fazer explodir uma festa política e racial de enormes proporções, dentro e fora daquele país.

Eu aqui, amefricana do sul, recebi, num crescendo, a campanha de OBAMA. No início, não só desconfiada do feliz desfecho, como certa de que aquela vitória pouco me afetaria. Nos momentos finais, já conhecendo mais a biografia do presidenciável e querendo mesmo que aquela família negra ocupasse a Casa Branca, me via, às vezes, vibrando em frente à TV, ao ver a dianteira dele nas pesquisas pré-eleitorais. Agora, a madrugada de 4 para 5 de novembro ultrapassou o imaginável. A excitação de ver cada vez mais perto a possibilidade da vitória, aquela sim, plena de sentido pra mim, fazia meu olhar circular freneticamente entre dois écrãs (o da TV e o do computador), tentando achar notícias saídas do forno e saber logo se os números davam, enfim, a certeza da nossa vitória. Digo nossa, porque, àquela altura, o presidente negro de lá era também meu de alguma forma.

Final da noite, McCain discursa assumindo a própria derrota. A platéia vaiava Obama e eu vaiava aqueles idiotas comprometidos com os tranqüilos mesmos de tudo, com a continuidade da barbárie. Pelo que me lembro, entre 1:30 e 2:00 da manhã, OBAMA inicia o discurso da vitória. Eu, do lado de cá, mesmo sem ser vista por ninguém, chorava silenciosamente lembrando outros quilombolas, de lá, de cá e de outras partes, que passaram pelo mundo brincando de ser deuses, espalhando, muitas vezes através da própria morte, a possibilidade de transformações reais na vida de negro-africanos da África e de fora daquele continente. Chorava por estranhamente me ver nas três lindas mulheres pretas da família de OBAMA. Chorava baixinho, quase que um choro escondido de mim mesma.

Embora não acredite em mudanças radicais na política dos EUA, principalmente em termos de política externa, e saiba o quanto de espetacularização há nessa imagem pública multicultural de OBAMA; sem dúvida, a carga simbólica presente no fato de um afro-diaspórico ocupar o cargo mais importante da potência mundial de agora é indubitável. Entre nós, amefricanos do sul, a atitude quilombola ganha nova força. Nossa contenda continua! Que venha uma mulher ou homem africano-descendente para ocupar o mesmo cargo aqui. Apesar de certa tradição brasileira construir-se a partir de uma falsa idéia de harmonia racial, propagada, principalmente, por nossa mídia televisiva, o presidente negro de lá se torna, alegoricamente, uma espécie de prenúncio a um novo Zumbi, já que, o poder mítico do líder palmar acaba por se dinamizar em um duplo caminho: constrói um passado liberador e, por outro lado, cria um destino quilombola que se expande em direção a um futuro.

Se o espírito deste texto é uma rede de vozes afros transmigradas, termino como iniciei, em coro. Atormentada como sou, fiquei a me perguntar por que não me permiti chorar alto e esbravejar a emoção que sentia naquela madrugada sagrada. Lembro-me bem que, depois do discurso da vitória, circulei pela internet, assistindo a antigos discursos do democrata, lendo notícias sobre a campanha eleitoral e, nas brechas, respondendo a emails atrasados, por isso só me dei conta de que o tempo tinha passado, quando, sem querer, olhei o relógio do computador marcando 5:03 da manhã. Virei então para a janela: a posição do sol anunciava o dia. Literalmente, OBAMA e sua linda família de afro-mininas como eu foram a minha madrugada. Ao ler, dois dias depois, o parágrafo do escritor angolano Manuel Rui, com que termino agora este texto, desatei a chorar alto, soluçando. Foi quando me lembrei de algo que há muito tinha esquecido: existe um soluçar incontrolável de alegria, uma alegria melancólica, é verdade, já que parte da lembrança de inumeráveis violências acumuladas, mas , ainda assim, só pode ser chamada de alegria.

“Não importa que este Messias traga milagres. Importa é o milagre cultural de pôr uma boa parte do mundo inteiro a olhar para ele como um salvador e perder uma noite só a olhar para um televisor como se OBAMA fosse uma madrugada.”


(1ª foto - Beatriz Nascimento; 2ª foto - Obama e a sua avó paterna; 3ª foto - família de Michelle e Obama)


7 comentários:

Sueli Borges disse...

emotivas palavras para lúcidos e ancestrais sentimentos.
É isso aí. Difícil mesmo é não estarmos, nós negros, quase sempre com este nó na garganta de banzo ou de realidade, ainda nos nossos momentos de felicidade e prazer.
Há sempre um sentimento que nos rememora, tudo!
Beijos.

Unknown disse...

Oi Fafi,estou aqui so pra te deixar uma pergunta.Não acha que so falar de Zumbi é uma falta de opção ou realmente so existe 1 herói Negro????Sou suspeito em falar deste que pra mim é dos maiores Negros de nossa atualidade "Candeia",quem lê sobre ele sabe que ele fez muito pelo Negro.Não acho que não se deva falar de Zumbi,mais existe vários outros Negros que fizeram estórias e não são lembrados.E pra terminar e não usar sua página toda.rs Existem fatos que Zumbi tinha um caso com uma loira filha de Um Senhor,vc sabe disso????Desculpeos erros.Bjão PAZ

:: Soul Sista :: disse...

Querido Renato, que bom que você veio aqui em clima de debate, porque nossas idéias só fazem sentido, quando não são recebidas como a verdade. Até porque essa não é a minha intenção mesmo.
Bom, nesse texto, uso Zumbi não tanto como personagem histórico real, mas quase como um nome-símbolo de uma resistência negra, por isso, na minha cabeça (digo dentro dela, embora não saiba se tenha me feito explicar isso na escrita), Zumbi são muitos. Candeia, com certeza, ao agir quilombolamente na escola de samba que criou, é um Zumbi também. Esse nome, pra mim, é símbolo, não só pela luta do líder palmarino, mas até porque esse nome tem, em nossa cultura, um sentido de algo medonho, negativo mesmo (Aquele cara parece um zumbi! Sai daí, seu zumbi! rs rs rs)que é revitalizado e modificado, quando usado para significar resistência.
Outra questão importante: nem sabia que talvez o Zumbi de Palmares tenha tido um caso com uma loira. Nós vivemos numa sociedade de inúmeros grupos étnico-raciais, não vivemos isolados, o quilombo do passado não era um espaço de mero isolamento de negros, pois lá havia diferentes etnias, né? Nossas famílias são multirraciais. E isso não é o mais problemático. O pior, ao meu ver, são nossas famílias misturadas que, muitas vezes, diminuem os membros com características mais africanas.Aí sim se situa a nossa doença! Assumir a minha identidade negra não significa ignorar que tenho, dentro de mim e da minha família, outras identidades, até mesmo não africanas. Assumir minha identidade negra (até porque, mesmo com a minha pele preta, poderia não assumi-la, vide tantos aí que conhecemos)significa, pra mim, propor um mundo de muitos, todos respeitados em sua diferença-diferençante, viu?
Um grande beijo e volte sempre pra gente debater (muito bom mesmo...)

:: Soul Sista :: disse...

É, Su, rememoramos dores sim, faz parte de nossa história, mas também reatualizamos diariamente profundas alegrias, né? O espaço da memória, inclusive, é o mais ocupado nos dias das reminiscências que são os feriados. Nesse novembro negro, mergulhamos na lembrança, para sairmos dela, com certeza, fortalecidas.
Um grande beijo

Anônimo disse...

Fabi, me emocionei com você ao ler o seu texto. Não assisti ao filme Ori, mas me senti ganhando um presente no 4 de novembro, com todo o discurso em torno da vitória de Obama.
E mais que um novembro negro, este mês parece nos trazer uma mistura de cores, num encontro de vozes que ecoam um mesmo pedido: relações humanas mais justas e igualitárias.
Parabéns por mais essa "versão íntima do mundo"!!!!!
Escreva! Escreva!
Um abraço largo e terno.........

Sandra Bonadeus disse...

Oi, Fafazinha!!!!
Que blog mais lindão, inteligente, emotivo, super bem escrito, engajado sem ser chato... o máximo, cheio de coisas legais. Ai, sei não, minha prima é tão porreta, vai ver puxou a mim...
O Mondo Bê eu inventei depois que a minha mãezinha se foi... contei isso lá. Nem sei ainda colocar músicas, vídeos, coisas que gostaria... mas estou curtindo. Escrever sempre me fez muito bem e os dois ou três que lêem acabam se divertindo tbm, assim vamos levando.
Fiquei muito feliz, comovida e agraciada com as suas palavras. Muito obrigada!!!!
E quero ver o filme Orí, como faço?
E o que é Soulsista????? Algo a ver com soul? sister? Como foi que vc inventou isso?
Beijocas cariocas!!!!
Saudades!!!!

Anônimo disse...

Muito Baum Muito Baum
Que atlântico é esse
É o fio condutor ancestral que apesar das artimanhas da branquidade se manteve
OBS: Só alerto para a armadilha da branquidade nesse discurso de fenômeno cultural universal, e Obama messias. Mandemos boas vibes para que se saísse bem, pois se não aí nossas chances todas se esvaeceram e nunca mais teremos outra similar nem mesmo na terra mãe, já que teríamos já provado nossa incapacidade e nossa “emoção pura” de acordo o Eu hegemônico?!?

Uhuru

Paz e Graça