Terça-feira, 17/11/2009, 21:30, o telefone toca. Eu, irritada. Horário da novela. Meus amigos e amigas intelectuais não entendem meu vício! Atendo e tomo um susto: uma amiga do Rio que pouco me liga. Estranhei. Pensei logo em desgraça. Eu, olho vidrado na televisão vendo uma culpa absurda encarnada no personagem de Taís Araújo, e minha amiga dizendo:"Menina, viu que horror a cena da novela? Estava falando com A.. Que absurdo!". Eu só me limitei a dizer: "Querida C., Salvador não tem horário de verão. Estou vendo a cena agora. Ela vai se ajoelhar mesmo?. C. só se limitou a dizer: vai lá ver, vai lá ver...". Desligamos.
Cena típica de uma noveleira convicta. Sou daquelas que irritam os amigos quando, dependendo do capítulo, evito sair antes de a novela acabar. Daquelas que sempre promete que não irá acompanhar mais nenhuma novela, mas quando outra começa (na verdade, quase sempre a mesma novela com outra roupagem), acaba acompanhando. Daquelas que, mesmo irritada com o escritor (porque discuto muito com elas e eles), quase sempre, sigo vendo a novela.
Cena típica de uma noveleira convicta. Sou daquelas que irritam os amigos quando, dependendo do capítulo, evito sair antes de a novela acabar. Daquelas que sempre promete que não irá acompanhar mais nenhuma novela, mas quando outra começa (na verdade, quase sempre a mesma novela com outra roupagem), acaba acompanhando. Daquelas que, mesmo irritada com o escritor (porque discuto muito com elas e eles), quase sempre, sigo vendo a novela.
Obviamente, aquele mundo não tem nada a ver com o meu, os valores e visões de mundo são, de uma maneira geral, deploráveis, mas gosto de estórias infindáveis e a novela é antes de tudo uma contação sem fim. Relaxo mesmo vendo os absurdos que desfilam na televisão brasileira, sobretudo os das Organizações Globo. Gosto de uns autores, desgosto de outros, mas só deixo de ver mesmo a novela muito mal construída. Agora, o que tenho sentido ao ver cenas de VIVER A VIDA de Manoel Carlos tem sido uma miscelânia de raiva e indignação.
De fato, as novelas desse senhor sempre me irritaram, com um mundo tão amplo quanto os limites do Leblon. Lamentável o cotidiano daquele bairro naturalizado como se fosse o único do Brasil. As empregadas negras, puxa-sacos dos patrões, chatas e, geralmente, gostosas nos seus micro-uniformes azuis, rosas ou salmões (nada contra micro-vestidos, pelo amor de Deus!). Aquela velha representação da preta doméstica boa de cama! A Zilda por exemplo , personagem de Laços de Família, feita pela linda Thalma de Freitas, tinha esse perfil deplorável e ainda gritava diariamente com uma voz de gasguita "Dona Heleeeena"!
Tudo bem que ele não é o único a construir essa típica representação na teledramaturgia brasileira, como bem já demonstrou Joel Zito no livro e documentário A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira. Porém, entre os autores de novela recentes, me parece ser o pior.
Por outro lado, ao construir uma protagonista negra, Maneco tem feito um grande favor a nós que vivemos e procuramos pensar sobre a desigualdade racial no Brasil. As tensões raciais em circulação no nosso país, ao invés de amenizadas, como bem desejaria o porta-voz do Leblon, têm sido marcadas pela super-exposição. Encenada como um grande avanço dramatúrgico, as cenas traem um Brasil inventado como racialmente harmônico, através de uma protagonista negra adestrada pelo embranquecimento. Tendo crescido em uma família negra de classe média, com pai músico, bon vivant e mãe ultra-conservadora, dona de pousada, a protagonista, porém, mostra-se carente de referenciais negros, cercada de amigos não-negros, com certeza, segundo a crença de Maneco, devido ao meio social em que vive.
A infelicidade da cena transmitida no início da semana do 20 de novembro revela índices de violência racial incessantemente (re)encenados na teledramaturgia brasileira. Pior agora, porque travestido na emoção de uma atriz vista como aquela que abre portas para o negro na televisão brasileira. Primeiro, ainda adolescente protagonizou a novela Chica da Silva; depois, foi a primeira protagonista negra da Globo em Da cor do pecado; agora, a primeira protagonista da produção mais cara da mesma emissora.
O pedido de desculpas de Tais Araújo/Helena, ajoelhada diante dos olhos claros de Lília Cabral/Tereza, representa um lugar - o da subserviência - obsessivamente ocupado por personagens e atores negros na televisão brasileira. A cena me pareceu a volta imaginária de tantas sinhazinhas, mucamas, mulheres escravizadas que desfilam nas telenovelas. No momento da cena, não dava para pensar só no enredo da novela e na tragédia vivida pela heroína negra de Maneco. A encarnação cristã da culpa fez a personagem dizer que prefiria ser ela a estar sem os movimentos das pernas e dos braços. O resultado por tamanha submissão (como sempre disse minha mãe: "quem muito se abaixa..."), foi uma bofetada na cara e o ódio da personagem cujas características físicas demonstram um lugar de domínio.
Agora, tão violento quanto a posição de Helena e o tapa recebido é o desolamento vivido pela personagem. A família, morando em Búzios, não se abala pelo drama vivido pela grande modelo internacional, com certeza o motivo de orgulho da família. Até mesmo a mãe de Helena, destoando das representações de mães-leoa de Maneco, limita-se a rezar para o santo de devoção e esperar a visita da filha em casa. Mesmo tendo familiares, a protagonista negra continua como outros personagens negros de telenovelas: sem família, desgarrados. A culpa encarnada por Helena também parece supervalorizada, já que, provavelmente, segundo o perfil da personagem, ela deve ter encarado barras pesadíssimas para se tornar a modelo brasileira de maior sucesso, segundo o texto da novela.
Enfim, uma seqüência de desastres narrativos têm construído uma das protagonistas mais inverossímeis da teledramaturgia brasileira. A única coisa boa nesse mar de inadequações é que nós, telespectadoras negras, podemos, a partir do desfile de atrocidades da novela, aprofundar uma reflexão sobre as danosas conseqüências do racismo em nossa sociedade.
A cena construída por Maneco para ser transmitida em plena semana da consciência negra me fez perder de vez a vontade de acompanhar a novela. Meus amigos intelectuais, durante os próximos 4, 5 meses talvez, poderão me ligar entre as nove e dez horas da noite à vontade!
Quem quiser ler uma interessante reflexão sobre a mesma cena da novela, acessar A Globo e seu TOC (ou a remasterização obsessiva das representações desqualificantes)
De fato, as novelas desse senhor sempre me irritaram, com um mundo tão amplo quanto os limites do Leblon. Lamentável o cotidiano daquele bairro naturalizado como se fosse o único do Brasil. As empregadas negras, puxa-sacos dos patrões, chatas e, geralmente, gostosas nos seus micro-uniformes azuis, rosas ou salmões (nada contra micro-vestidos, pelo amor de Deus!). Aquela velha representação da preta doméstica boa de cama! A Zilda por exemplo , personagem de Laços de Família, feita pela linda Thalma de Freitas, tinha esse perfil deplorável e ainda gritava diariamente com uma voz de gasguita "Dona Heleeeena"!
Tudo bem que ele não é o único a construir essa típica representação na teledramaturgia brasileira, como bem já demonstrou Joel Zito no livro e documentário A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira. Porém, entre os autores de novela recentes, me parece ser o pior.
Por outro lado, ao construir uma protagonista negra, Maneco tem feito um grande favor a nós que vivemos e procuramos pensar sobre a desigualdade racial no Brasil. As tensões raciais em circulação no nosso país, ao invés de amenizadas, como bem desejaria o porta-voz do Leblon, têm sido marcadas pela super-exposição. Encenada como um grande avanço dramatúrgico, as cenas traem um Brasil inventado como racialmente harmônico, através de uma protagonista negra adestrada pelo embranquecimento. Tendo crescido em uma família negra de classe média, com pai músico, bon vivant e mãe ultra-conservadora, dona de pousada, a protagonista, porém, mostra-se carente de referenciais negros, cercada de amigos não-negros, com certeza, segundo a crença de Maneco, devido ao meio social em que vive.
A infelicidade da cena transmitida no início da semana do 20 de novembro revela índices de violência racial incessantemente (re)encenados na teledramaturgia brasileira. Pior agora, porque travestido na emoção de uma atriz vista como aquela que abre portas para o negro na televisão brasileira. Primeiro, ainda adolescente protagonizou a novela Chica da Silva; depois, foi a primeira protagonista negra da Globo em Da cor do pecado; agora, a primeira protagonista da produção mais cara da mesma emissora.
O pedido de desculpas de Tais Araújo/Helena, ajoelhada diante dos olhos claros de Lília Cabral/Tereza, representa um lugar - o da subserviência - obsessivamente ocupado por personagens e atores negros na televisão brasileira. A cena me pareceu a volta imaginária de tantas sinhazinhas, mucamas, mulheres escravizadas que desfilam nas telenovelas. No momento da cena, não dava para pensar só no enredo da novela e na tragédia vivida pela heroína negra de Maneco. A encarnação cristã da culpa fez a personagem dizer que prefiria ser ela a estar sem os movimentos das pernas e dos braços. O resultado por tamanha submissão (como sempre disse minha mãe: "quem muito se abaixa..."), foi uma bofetada na cara e o ódio da personagem cujas características físicas demonstram um lugar de domínio.
Agora, tão violento quanto a posição de Helena e o tapa recebido é o desolamento vivido pela personagem. A família, morando em Búzios, não se abala pelo drama vivido pela grande modelo internacional, com certeza o motivo de orgulho da família. Até mesmo a mãe de Helena, destoando das representações de mães-leoa de Maneco, limita-se a rezar para o santo de devoção e esperar a visita da filha em casa. Mesmo tendo familiares, a protagonista negra continua como outros personagens negros de telenovelas: sem família, desgarrados. A culpa encarnada por Helena também parece supervalorizada, já que, provavelmente, segundo o perfil da personagem, ela deve ter encarado barras pesadíssimas para se tornar a modelo brasileira de maior sucesso, segundo o texto da novela.
Enfim, uma seqüência de desastres narrativos têm construído uma das protagonistas mais inverossímeis da teledramaturgia brasileira. A única coisa boa nesse mar de inadequações é que nós, telespectadoras negras, podemos, a partir do desfile de atrocidades da novela, aprofundar uma reflexão sobre as danosas conseqüências do racismo em nossa sociedade.
A cena construída por Maneco para ser transmitida em plena semana da consciência negra me fez perder de vez a vontade de acompanhar a novela. Meus amigos intelectuais, durante os próximos 4, 5 meses talvez, poderão me ligar entre as nove e dez horas da noite à vontade!
Quem quiser ler uma interessante reflexão sobre a mesma cena da novela, acessar A Globo e seu TOC (ou a remasterização obsessiva das representações desqualificantes)
23 comentários:
Aprendi muito
Oi menina! dissertação bem construída e mto bem amarrada. gostei mto. eu tenho o documentário do Joel, ótimo por sinal. também vi a cena da Taís e fiquei meio "assim" na hora, mas como roteirista, sei que o maneco tem "obrigações" com aquele personagem, em vista do que já sabemos... então vou aguardar um pouco mais antes de comentá-la. =)
eu de fato fiquei puta no sentido literal da palavra... eu odeio novelas e minha mãe reclama e diz que sou chata porque tudo tenho de criticar, mas é isso, em algum momento mesmo que como protagonista ela tinha que se reduzir a uma mera "negrinha" e ser açoitada por um branco, aí eu te pergunto: porque seria o contrário? estranho seria se para sempre ela vivesse de bem com o mundo desfrutando das futilidades e viagens de uma modelo famosa tal qual ela incorpora no papel que faz.
Fabiana,
Fala sério, tá mais do que na hora de você parar de assistir novela, né? Meu, tanta coisa boa para fazer e você gastando os preciosos minutos da sua vida em frente a essa telinha para ver branca dando tapa na cara de preta. Porra, isso é masoquismo... Assistir novela é igual ler a Veja, Deus me livre! Seu texto tá ótimo, mas na boa, novela é isso, meu. Os caras escrevem em cima do imaginário popular e não se preocupam com nossas argumentações sociológicas (aliás, me pergunto quem se preocupa). Peço licença para discordar do Gil, mas acho que não há o que esperar de novelas e de seus respectivos roteiristas. Pensar numa ótima sessão de tortura pra mim seria me por para assistir a programação da Globo e outras emissoras abertas 24 horas por dia setes dias por semana. Ia morrer no terceiro dia de depressão e desgosto. Se a parada começasse na segunda seria ótimo, pois morreria na quarta e não teria chance de pegar o Faustão no domingo, mas se começasse no domingo...
Fico triste...
Mas no peito um coração Negro grita, deixe estar!
Não se cale, não exale, grite!
Querida Fabi,
Vc sintetiza nosso horror diante desta cena c/ propriedade. Mas vou lhe pedir licença p/ discordar de um comentário postado aqui. Sou jornalista, escritora e tb roteirista, e claro, reconheço o problema da construção de uma personagem. Mas além do simbolismo contra nós, mulheres negras, esta cena foi absolutamente mal construída, com argumentações fracas tanto do ponto de vista da Helena (Taís) quanto da Tereza (Lília Cabral). Ou seja, o q, de fato, falou mais forte foi o campo do simbólico que tenta manter viva a imagem da opressão da mulher branca e da submissão da mulher negra. Outra coisa, amiga: não sei se devemos simplesmente parar de ver a novela. Como pesquisadores e intelectuais, precisamos vigiar toda a produção produzida por esta cultura. Ontem vi o documentário " Nelson Mandela - Em nome da Liberdade" e um dos ensinamentos é exatamente esse: devemos acompanhar de perto tudo o q é produzido pelo outro que nos ataca, até mesmo se o outro pegar numa arma para atirar contra nós, pois é somente assim q saberemos o momento q vai apertar o gatilho. Foi focado em pensamentos como este que Nelson Mandela reconstruiu a África do Sul. No mais, minha querida amiga, é tudo isso q vc muito bem colocou. Gde bjo,
A.
Oi Fafis,vc sabe que tb sou noveleiro.rs O que mais me chamou a atenção,foi ninguem ter comentado sobre esta cena na semana de Zumbi.A cena foi ao ar numas das maiores emissoras de tv do mundo.Alias não entendo pq todos metem o pau na Globo.Quem não sabe quem é a Xuxa,Ana Maria Braga ou um bordão feito por um ator comediante ou personagem de uma novela.Engraçado que todos sempre acabam vendo algo no Domigão do Faustão por acaso,sempre estavam zapiando e acabaram vendo.rsrs Tb pensei em não ver mais a novela por isso.Mas ja li na revista que ela vai ficar rica e o Marcos vai falir.kkkContinuo sendo fão de seu blog.Bjão PAZ
Bem, Fabi, como tu bem sabes também pertenço ao bonde dos noveleiros... mas nunca consegui levar nada disso a sério... principalmente essa personagem (mega inverossímel) da Taís... aquilo é uma piada, minha gente!
Afinal, que droga de "supermodel" é essa que só tem "metro e meio" de altura???
Pqp!!!
rsrsrs acho engraçado e legal perceber como novela costuma ser isso mesmo, uma relação de amor e ódio! Considerada alienação, lixo cultural para alguns e para outros, legítimo produto da chamada “nova teledramaturgia”, é difícil, mas não raro, achar quem consiga se distanciar do assunto academicamente falando, e tentar determinar qual é o real impacto dela para algumas camadas sociais num país como o nosso. Se alguém se interessar tem o livro “VIDEOLOGIAS” da Maria Rita Kehl e Eugênio Bucci, comentando mais.
Uma vez, tava numa palestra com o Hermano Vianna, sobre cultura popular, quando ele disse que gênios do samba como Ismael Silva, Cartola, Sinhô e Noel, já foram vistos como lixo cultural, como “funk carioca” para elite intelectual da época. Um dos maiores roteiristas negros que o Brasil já teve, Haroldo Barbosa, pôs letra pro João Glberto cantar_ “Madame diz que a raça não melhora, Que a vida piora por causa do samba” e dizia no final_ “pra que discutir com madame?”
Caríssimos, agradeço o posicionamento de tod@s aqui. Fiz uma reflexão só para que não passasse em branco tamanha violência e também... há um tempinho que queria deixar explícito aqui neste blog meu lado sombrio noveleira - rsrsrsrsrs.
A idéia aqui é justamente o contrário do samba de Haroldo Barbosa. Discutir: com o/a jornalista, com o/a roteirista, com a menina inteligente, com o/a noveleiro/a, com o intelectual afro-diaspório, com a madame inlcusive.
Afinal, a meu ver, só levando absurdos à discussão as coisas podem se transformar, mesmo que a passos de tartaruga, né não?
Um forte abraço em tod@s
Fabi, em primeiro lugar, que maravilha de texto!! Por isso nós, desse lado de cá, ouvimos tudo o que diz conversando com vc..
Eu vejo muito pouco essa novela.. Ás vezes quero saber o que anda acontecendo e dou uma olhada - quando não estou trabalhando à noite -: concordo com a Angélica, temos q saber o q está acontecendo.. No dia dessa cena eu estava diante da rede globo e tentava entender por que aquela culpa toda da personagem da Tais. Não havia argumento cabível: a mãe na figura da Lília Cabral cobrava da outra um cuidado além do coerente, com uma arrogância para além da mãe ferida. E a protagonista com uma culpa monstruosa por algo também sem sentido - um acidente de estrada. "Você empurrou minha filha pra morte"?? "Sim, eu sou culpada"?? Que é isso?? E a tal Helena marca do tal Maneco de personagem coerente e forte, de posicionamento inteligente e seguro? A Helena Tais ouviu tudo calada. Calada? Para ainda de joelhos pedir perdão por algo que não fez? De fato não há argumentos plausíveis para a cena.. O tal Maneco madame morador do Leblon está longe de saber o que é viver a vida.. Também fiquei indignada, Fabi, com a Tais de joelhos no horário nobre..
E.. pode me ligar quando quiser entre as 20h e 21h..
Você continua assistindo novela, Fabiana Lima??
Marcio Macedo, nao vou mentir... rrsrsrsrsrsrsrsrsrssr
O único final feliz possível para Helena atual é no Arraial do Tijuco! Muito sofrimento nessa novela, preta! Tava acostumada demais a dormir com o fígado desopilado com meu Caminho das Índias! E Raj? ai, papai! bjs!
hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha, é por aí, Sanny! Que saudades! Nem um galã decente tem! Ai ai! Que saudade das famigeradas dancinhas de Glória Perez! hahahahahaha
Ótimo te ver por aqui! Bjs, F.
Hj soube da Primavera dos Livros que acontece no Museu da República, Rio. Sábado uma mesa que tem tudo a ver com o tema Tais-Helena:
28/11, 12h30:
Aqui ninguém é branco: mídia e racismo - A mulher negra na TV.
Homenagem a Ruth de Souza
Participantes:
Ruth de Souza (atriz) / Zezé Motta (atriz) / Rosália Diogo (escritora e pesquisadora) / Ângela Randolpho (escritora e pesquisadora) / Mediação: Laura Padilha (escritora e professora UFF)
Vamos?
Bora sim, Claudia. Depois, Posto 9 cairia bem, não? Nos falamos...
Amei essa postagem!
Muito boa!
Eu, branca de olhos verdes e com um avô materno negro, não tinha entendido porque fiquei tão revoltada com a propaganda... Não assisti a cena, falei pra minha mãe não ver tb pq niguem tinha estomago pra ver aquilo, etc e tal... mas a revolta estava motivada por uma sensação sem nome...
mas vc foi insigth puro!.. não, na verdade foi apenas a leitura da real vivencia mesmo!
ai ai... AMEI, AMEI, AMEI su apostagem..
pergunta: tá conseguindo não ver a novela? hehe
Dá vontade de dar um tapa na cara da Helena, né?! Que cena horrorosa!!! Novela é um horror! Vá ler um livro ou vá ler meu blog!! rs
Precisamos de tudo!!:
Nov@s autoras/es periféricos ou não...Mas que mostram de forma real a vida das pessoas em momentos diversos...não somente num pedacinho insignificante do mundo pra alguns chamado Leblon...
Precisamos de nov@s cineastas, produtoras, cenógraf@s....tudo!!!! Esse povo tá há 50 anos fazendo a mesma "M" na TV e é isso que dá. Começou com uma chibatada na TV, agora temos tapas na cara de graça....... A cultura de povo oprimido tem que acabar...e se a TV continuar enfiando isso goela abaixo do povo...vai ser difícil...né? Mas não temos q desistir...isso nunca!
Bjos, Tiely.
Tiely, é um prazer te ver por aqui!
Concordo com você em gênero, número e grau. Sejamos nós mesm@s os nov@s ficcionistas, atuando no cinema, teatro, televisão, livros por aí, né não? rsrsrs
To indo lá no seu blog conhecer!
Beijos
Interpretação estonteneante neste local, reflexôes como aqui vemos dão motivação a quem visitar aqui :)
Entrega mais do teu espaço, a todos os teus cybernautas.
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