Hoje, no fim da tarde, bem daqui de casa mesmo, eu namorei a lua. Ela, bola cheia de luz e sombra, olhando pra mim e eu deslumbrada com aquela beleza de se seguir.
Fiquei meditando... por que exerce tanto poder sobre os humanos e sobre o que naturalmente nos constitui? Seu amor é de doação, é de seguimento, é amor pra sempre, já que nunca se livra do próprio destino de ligar-se a Terra, nossa casa. A Terra, eu sei, também se aproveita bem, seja nos caminhos das águas, suas cheias e vazantes, ou no olhar hipnótico em direção à beleza absoluta da lua. A Terra não pára de olhar pra Lua. Amantes... Inebriadas de si, não se largam nunca.
Aproveitei o namoro e, óbvio, fiz dois pedidos: o primeiro é pra que se expanda, de fato, a alegria na Terra; o segundo eu não conto, é secreto. Só digo que foi um pedido de amor, de calor, de silêncio e mar, de estranha dor.
Hoje bem ao anoitecer, naquele horário em que sinto um aperto tênue no coração, misto de melancolia e transbordamento de amor, eu namorei a lua. Ela, tava toda toda... E disse sim. Dindinha nossa, garantiu certeza na realização de um dos dois desejos...
"E eu queria falar da lua
Mas não sou silenciosa e plena de luz
Como só ela sabe ser"
Mas não sou silenciosa e plena de luz
Como só ela sabe ser"
Beatriz Nascimento
3 comentários:
Soulsista Fá,
Que surpresa, acabei de postar algo sobre a lua e, em seguida,dando um giro no blog dos amigos, vi que voce também foi captada pelo cheio da lua.
Que seus pedidos sejam realizados, todos eles!
Bjs, amiga.
e tem feito mesmo luas lindas... bj deia
Um beijinho, Fabi enluarada, lunática e lúcida.
Ana Claudia
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