Quem não lutar
Pra conquistar o que sonhou
Fazer por merecer
Se iluminar
Com a luz que há no vencedor
Pode até ganhar
E méritos não ter
Aquecer
Os seus ideais em muito amor
Com o poder nas mãos não brincar
O arvoredo do mal derrubar
E arrancá-lo bem na raiz
Sua vida no bem sublimar
Pra ajudar a erguer o pilar
De um mundo bem mais feliz
ALÉM DA RAZÃO
Por te amar
Eu pintei
Um azul, do céu se admirar
Até o mar adocei
E das pedras leite eu fiz brotar
De um vulgar fiz um rei
E do nada o império pra te dar
A cantar eu direi o que eu acho então o que é amar
É uma ponte lá para o longe dos horizontes
Jardim sem espinhos
Vinho que vai bem em qualquer canção
Roupa de vestir qualquer estação
É uma dança, paz de criança
Que só se alcança se houver carinho
É estar alem da simples razão
A luz desse vencedor de voz única encantou e ajudou a erguer um mundo bem mais feliz pra gente, nos lindos sambas cantados em roda, nas Kizombas por ele inventadas, na ternura, na poesia, na intuição, na alegria. Que ele vá agora, com sua voz, misto de pastorinha e de pastor, encantar novos mundos. Descansar, sentado ao lado de Candeia e de outros parceiros.
É, perdemos algo de iluminado e muito doce hoje. Pelo menos duas Vilas chovem sombrias. O Rio todo hoje chora! Olorun, porém, acabou de ganhar intensa luz e muita sabedoria, por isso há riso, muito riso lá. AXÉ, LUIZ! PARA SEMPRE AXÉ!
LUIZ CARLOS DA VILA (1949-2008)
2 comentários:
é verdade, Fabi, foram (e ainda serão) muitas rodas e muitas kizombas...
Bjs,
Wilson
Com certeza, querido! Aproveito para um convite. Pelos desígnios do além, estou no RJ desde ontem, fazendo um trabalho até sexta. Livre na sexta à noite, chamo vc e quem queira ir para aquela roda ali perto do Santos Dummont, para matar saudades e cantar muitos sambas desse iluminado que nos deixou. Vamos? Aguardo notícias. Grande beijo
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